Quisse Mavota e o curandeiro

Quisse Mavota é o nome de uma escola secundária de uma bairro afastado aqui de Maputo. Um mês atrás, mais ou menos, meninas começaram a desmaiar sem razão aparente. Uma, outra, outra… em uma mês eram 71! Foi lá a Secretaria de Educação. Foi lá o Ministério da Saúde. A explicação encontrada e anunciada: razões psicológicas.

A comunidade não se convenceu. Acha que, ao chegar a essa conclusão, as autoridades esqueceram um elemento importante: a escola foi construída sobre um cemitério. Que tal perguntar aos espíritos o que estaria acontecendo? Perguntar envolveu comprar bois, cabritos e galinhas, pagos pelo governo local, para uma cerimônia tradicional.

Essa história – que pode soar como realismo fantástico – me levou hoje à tarde ao bairro do Zimpeto (onde fica a escola), à Universidade Eduardo Mondlane e ao consultório do porta-voz da AMETRAMO – Associação dos Médicos Tradicionais de Moçambique. Vão virar reportagens na TV Brasil e na Agência Brasil até o final da semana.

Sandra já falou um pouco disso no Mosanblog (veja aqui). Pelo meu relato, diria tio Sílvio… aguardeeeemmmm.

Um comentário em “Quisse Mavota e o curandeiro

  1. Caros cientistas sociais , temos de parar de dar respostas expontaneamente. investiguemos com muito rigor dizendo as coisas tais como elas sao. vamos submeter o nosso objecto de estudo numa profunda analise. sejamos imparciais no acto de pesquisa. duvidemos e envestiguemos tudo e nada.

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