José Maia, o mito

Mais uma historieta copística. Passada em 1998, em Paris. José Maia, o moço que veio de Jaú, é o personagem central.

Personagem mesmo, até porque o nome dele de verdade não é Maia. É José Maria Contatori. O “Maia” foi uma invenção de Sérgio Cunha, editor-chefe da Rádio Bandeirantes na época que ele chegou. Cunha, o primeiro dos vários chefes que tive na Bandeirantes, achava que “José Maria Contatori” era complicado pra falar na transmissão. Tirou o “r” do Maria e virou José Maia.

Pois bem. Alguns dias depois de chegar a Paris, nosso solerte narrador começa a reclamar de dor de garganta. Algo muito normal em copas, porque os caras narram um monte de jogos – mais de um por dia até – no geladíssimo ar condicionado do IBC – Internacional Broadcasting Center. Limão não resolveu, tal… o jeito foi procurar ajuda profissional.

Maia pega pelo braço o nosso chefe da técnica na época, Luis Anunciatto Neto, o Netão. E seguem ambos para a farmácia mais próxima. Nenhum dos dois exatamente dominava o idioma de Alberto Camus.

Olham pro balconista e tentam explicar o problema com sinais mímicos universais: “aaaaahhhhh! Aaaaahhhhh! Aqui ó!” Sem conseguir muito mais que uma cara de espanto, Maia vai lá atrás nas aulas de francês do externato de Jaú, aponta pra garganta e manda ver:

“Injechiôn, si vu plê! Injechiôn! Aqui ó! Aqui na gole! Na gole!”

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