Aula inglesa de jornalismo televisivo.
É complicadíssimo fugir disso. Ainda mais no Brasil, onde uma emissora só praticamente dita as regras e quem faz – ou tenta fazer – algo diferente é olhado com desprezo ou com piedade, como se só lá se fizesse coisa boa.
A molecada chega na redação da faculdade querendo fazer exatamente o que se faz lá. E só o que se faz lá. Talvez porque queriam trabalhar lá. E, para trabalhar lá, precisam impressionar os chefes de lá. Não os daqui.
O telespectador também se acostumou tanto com o padrão que acha estranho qualquer coisa fora dele. Os próprios coleguinhas consideram as tentativas de sair fora do padrão globalmente aceito de “alternativo”.
“Globalmente aceito” aqui não é provocação, como você vai ver no vídeo do comediante Charlie Brooker. Ele tira um sarro enorme da nossa cara ao mostrar que é só ler como todo mundo lê, usar os truques que todo mundo usa pra ficar algo convincente na TV.
Graças a esse modelito, muita anta vira gênio, diga-se.
Eu juro que tento fugir disso. Mas sei que não consigo sempre. Ou… será que já consegui alguma vez?
Pode ter certeza que muita gente está enjoada desse modelito. Abs
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