Maitê o os “meus direitos”.

Li agora que Maitê Proença voltou a ter direito de receber 13 mil de pensão dos pais mortos por nunca ter se casado no papel. A previdência paulista parou de pagar, ela recorreu e a justiça reconheceu o direito dela.

O “direito dela”…

É meu, eu tenho direito, e dane-se: se preciso ou não, se alguém precisa mais que eu, se as aposentadorias no geral são de menos de 3 mil, tudo isso vem depois do “meu direito”.

E se você não vai lá e exige os “seus direitos”, é chamado de trouxa. Afinal, ˜paguei meus impostos, tenho meus direitos”.

São tantos que pensam assim. Quase todos?

No início da Copa pus aqui um post pequeno, sobre um ministro que foi muito criticado na África do Sul por exercer o “direito dele” de levar o filho para uma cirurgia num hospital público.

Causou revolta na população, na imprensa, na comunidade médica. O raciocínio lá era o seguinte: se ele pode pagar, ele tem que pagar e deixar o espaço, os médicos e os recursos públicos para quem não pode.

“Direito dele” é o cacete.

Seus direitos são seus direitos pagando ou não impostos. Direito não se compra com imposto. É uma conquista reconhecida e garantida. Você tem direitos porque está vivo – isso basta.

Mas também é “seu direito” (oh!) optar por não se beneficiar deles. Ou permitir a outros que tenham acesso aos direitos deles, já que o orçamento do Estado tem limites e você tem como exercer seus direitos sem ser às custas dele.

Faça a sua escolha. E faça direito.

Dia do Rock? Então comecemos do começo.

No princípio, era só o verbo. Depois veio um violão e um baixo acústico. Só mais adiante, entrou a bateria. Foi em 1955.

Acima, That’s All Right Mama – primeira música gravada por Elvis Presley. Abaixo, I Got a Woman, de Ray Charles, que marca bem a transição blues-rock and roll.

Aqui, em versões de 1970.

Porque, como disse John Lennon, “before Elvis, there was nothing.

De volta a Maputo. E a Luta Continua.

De volta à casa, descanso alguns dias antes de retomar as atividades normais.
Mas A Luta Continua, como diz a sul-africana Miriam Makeba nesta música sobre a luta pela independência dos países africanos – especialmente Moçambique.

Se não for direto, também chega-se à mesma música clicando aqui, em outra versão, ao vivo, junto com a famosíssima Pata Pata.

Acabou a copa. E agora, South Africa?

Duas reportagens, uma minha, outra do Herbert, mostram claramente que a) a Copa não foi panacéia para todos os males da África do Sul – como se costuma vender pelos organizadores; e b) a Copa ajudou, sim, a unir uma sociedade que ainda é separada por um fosso, ainda racial e desde sempre econômico, mas onde também há muito a ser feito.

Digo sempre: Copa do Mundo, antes de tudo, é negócio. E acima de tudo, para poucos. Um evento privado, que garante benefícios apenas para quem o organiza e quem faz negócios com os organizadores. O que vem a partir daí – até vem um pouco – é eventual, mas vendido como garantido.

Tem impacto na sociedade? Sim, tem. O maior deles – importante, diga-se – é na auto-estima do povo. Na imagem internacional também. Mas a nossa foi estereotipada por anos pela imprensa estrangeira sem nenhuma ação efetiva para rebater. Aliás, era apenas reforçada pela atitude e pelos comentários de brasileiros no exterior.

Vamos ver como vai ser.

Aqui, eu falo da questão racial
e da reconciliação.

Aqui, Herbert mostra os problemas econômicos.