Duas reportagens, uma minha, outra do Herbert, mostram claramente que a) a Copa não foi panacéia para todos os males da África do Sul – como se costuma vender pelos organizadores; e b) a Copa ajudou, sim, a unir uma sociedade que ainda é separada por um fosso, ainda racial e desde sempre econômico, mas onde também há muito a ser feito.
Digo sempre: Copa do Mundo, antes de tudo, é negócio. E acima de tudo, para poucos. Um evento privado, que garante benefícios apenas para quem o organiza e quem faz negócios com os organizadores. O que vem a partir daí – até vem um pouco – é eventual, mas vendido como garantido.
Tem impacto na sociedade? Sim, tem. O maior deles – importante, diga-se – é na auto-estima do povo. Na imagem internacional também. Mas a nossa foi estereotipada por anos pela imprensa estrangeira sem nenhuma ação efetiva para rebater. Aliás, era apenas reforçada pela atitude e pelos comentários de brasileiros no exterior.
Vamos ver como vai ser.
Aqui, eu falo da questão racial e da reconciliação.
Aqui, Herbert mostra os problemas econômicos.
Já comentei em uma outra matéria que espero que o evento tenha servido para chamar a atenção do mundo sobre a África e com a melhora da auto-estima dos africanos as diferenças e os estragos da segregação possam ser minimizados.
A competição pode não ter trazido os lucros esperado, mas realmente mostrou ao mundo um povo alegre, vibrante e com uma energia que demonstrou a hospitalidade de um país acolhedor!
Abs
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