Estive em Boane neste sábado. Passei por Matola também. Andei pelo centro da cidade pela manhã e pela zona mais nobre no começo da tarde.
Não vi nada de anormal ou chamativo.
O número de mortos passou de 7 para 10, mas isso não quer dizer que houve mais três ataques no dia. Podem ser pessoas que já estavam internadas desde antes. Ou dados que ainda não haviam chegado oficialmente ao governo. Não houve esclarecimento cabal.
As lojas hoje estavam cheias, como reportei à Agência Brasil. E você lê aí embaixo.
Um registro: o jornalista Ricardo Botas, que até pouco tempo era diretor da revista Capital, aqui de Maputo, já foi liberado depois de passar a noite no Instituto do Coração, em observação.
Ele foi parado na Matola por bandidos que levaram seu carro e ficou ferido no abdomen. Passa bem. E já faz piadas como sempre.
Foi atacado depois de parar para dar carona – ou “boléia”, como se diz aqui – já que ontem não havia transporte público para todos.
04/09/2010
Número oficial de mortos durante protestos em Maputo sobe para 10
Eduardo Castro
Correspondente da EBC na África
Maputo (Moçambique) – Subiu para dez o número oficial de mortos nos protestos contra o aumento do custo de vida que ocorrem na capital moçambicana desde a manhã da quarta-feira (1º). A informação foi confirmada pelo ministro da Saúde, Ivo Garrido.
Neste sábado (4), o movimento dos chapas 100 (as vans) é aparentemente normal em Maputo. Há muito movimento nas lojas e supermercados da chamada baixa (centro) da cidade, já que muitas ficaram fechadas durante boa parte dos últimos três dias. Também há filas nas padarias – uma cena que se repete desde quinta-feira (2).
No Jardim dos Namorados, um parque com vista para o mar na área nobre de Maputo, os funcionários abriram as portas normalmente. O local é muito procurado por noivas que querem ser fotografadas com o vestido da festa, bem como para os próprios casamentos. “Já há dois agendados para hoje”, disse a funcionária, que não se identificou.
Edição: Graça Adjuto
Que alegria com as notícias! Abraços
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