60 anos de TV no Brasil

Pra lembrar, um dos maiores nomes dela em todo esse tempo, que passou nela a maior parte desse tempo.

Blota Junior foi a primeira pessoa a aparecer na mais antiga emissora em atividade no Brasil, a Record. Em 27 de setembro de 1953, a TV entrou no ar com ele descendo uma escada e anunciando “boa noite. Está no ar a TV Record, canal 7 de São Paulo”.

Teve que aprender a fazer TV fazendo, e, ao longo da vida, ensinou muita gente a fazer também. Orgulhosamente, fui um deles.

Convivemos na Bandeirantes e na casa dele – era avô da minha madrinha de casamento, Sonia, repórter da Band.

Me ajudou até a escolher o nome. Aliás, se não fosse “Eduardo Castro” seria “Edu Castro Macedo”. Segundo ele, os dois funcionariam no ar.

Ele morreu um pouquinho depois do meu casamento, no final de 1999. Numa deferência que não me esqueço, a família ligou pra me avisar durante uma edição do Jornal da Bandeirantes Gente. Dei a informação com um aperto no peito.

Aqui embaixo, Blota Junior fazendo o que mais sabia: TV, e de improviso. Apresentando o prêmio Roquete Pinto de 1970. Ele inventou o prêmio, e ganhou tantos que virou hors concours. Ao seu lado – como sempre – a esposa Sonia Ribeiro.

Um desses tantos troféus em formato de papagaio, o de “melhor apresentador de 1962”, está conosco. Presente da Sonia (a neta). Uma inspiração e tanto.

Senhoras e senhores: com vocês, Blota Junior e Sonia Ribeiro….

Em tempo: 18 de setembro é aniversário da TV no Brasil porque marca a primeira transmissão oficial do veículo e a inauguração da primeira estação, a TV Tupi de São Paulo. Ela foi fechada em 1980, depois de ter a concessão cassada pela ditadura militar.

Pequenos ajustes

Mudei um pouquinho o visual do ElefanteNews.

Ficou mais arejado. A visualização dos títulos é melhor. A coluna da direita ficou menos entulhada. E o azul deu lugar ao verde – algo mais perto da minha personalidade futebolística.

No mais, seguimos como sempre. Contra a manada.

Eleições brasileiras – lá e cá

Eu aqui na África, Lucas Rodrigues no Brasil, falando dos brasileiros que votam de longe.

Assista à reportagem clicando aqui.

E, abaixo, o mesmo assunto, só que publicado pela Agência Brasil.

18/09/2010
Em Moçambique, brasileiros receberão treinamento para as eleições de 3 de outubro

Eduardo Castro
Correspondente da EBC na África

Maputo (Moçambique) – Os brasileiros convocados para trabalhar nas eleições presidenciais do próximo dia 3 de outubro passarão por um treinamento na semana que vem. Mesários, presidentes de seção e secretários vão conhecer o sistema eletrônico de votação e aprender a trabalhar com a urna.

“Já recebemos o material impresso, nos pediram para estudar as instruções na página do Tribunal Eleitoral na internet, e agora vamos passar por um treinamento prático no dia 23”, diz Margareth Aragão, que vai trabalhar em Maputo, capital de Moçambique.

“Fomos abordados pela embaixada antes da convocação, e todos aceitaram de bom grado”, diz Margareth, que será primeira-secretária. Ela já trabalhou em eleições como apuradora de votos, ainda quando morava no Brasil, há mais de 20 anos. “Mesmo estando longe é muito importante participar. Do contrário, seria uma omissão.”

O engenheiro Pedro Chaves dos Santos também foi chamado. Ele vive em Moçambique há 32 anos e saiu do Brasil por causa da repressão política. Por isso, não deixa de participar, mesmo vivendo longe.“Temos que aproveitar esses momentos privilegiados, de exercer nosso direito de voto”, diz ele. “É uma questão de cidadania e de consciência política. Eu sempre participei da política brasileira mesmo estando no exterior. E o voto é muito importante”, afirma.

Em Moçambique, os diplomatas estimam que cerca de 300 dos 463 inscritos em Maputo votem. Muitos não conseguem ir aos locais de votação, por causa da distância. Boa parte da comunidade brasileira vive no Norte do país, como missionários religiosos ou funcionários da mineradora Vale, instalada em Tete, província a mais de 1,5 mil quilômetros da capital.

Maputo tem o segundo maior contingente de eleitores inscritos para votar na África, ficando atrás apenas de Pretória (Africa do Sul), com 476. A capital moçambicana é uma das 126 cidades fora do Brasil onde serão instaladas seções de votação no próximo dia 3 de outubro, em um total de 94.

Pelos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 200.392 brasileiros estão aptos a votar no exterior. É mais do que o dobro do que havia no pleito de 2006, quando 86 mil eleitores inscreveram-se. Mas ainda é pouco comparado com o total de brasileiros que vivem no exterior, estimado em 3 milhões pelo Ministério das Relações Exteriores.

Todo brasileiro, mesmo vivendo no exterior, é obrigado a se alistar e votar para presidente da República se tiver entre 18 e 70 anos. As exceções são as mesmas aplicadas para residentes no Brasil (analfabetos e portadores de deficiência física ou mental que “impossibilite ou torne extremamente oneroso” o cumprimento das obrigações).

Quem, mesmo vivendo fora do país, mantiver o título cadastrado no Brasil e não for votar precisa justificar a ausência. A votação fora do Brasil é de responsabilidade do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, com o apoio dos consulados ou missões diplomáticas.

Edição: Juliana Andrade