Quando vi as imagens – são da agência Reuters – lembrei de Serra Pelada, no interior do Pará, onde estive em 1996. A corrida mesmo foi antes, na década de 80. Dez anos depois, restavam o buraco no chão, os garimpeiros sem trabalho e a pobreza.
O imenso buraco, que antes parecia um formigueiro, tinha sido tomado pela água, depois que o ouro acabou e a atividade foi proibida.
Na região em volta, milhares de pessoas esperavam, por anos, poder voltar ao garimpo. Enquanto esperavam… esperavam. Praticamente não tinham o que fazer. Viviam na miséria.
Muitos devem estar lá até hoje. Esperando.
Lembro da frase de um deles: “Tinha muito ouro aqui. Mas, hoje, só na boca. Se a fome apertar demais, ainda dá pra vender os dentes.”
Aqui, na região de Manica, é o ciclo que recomeça, como você vê clicando aqui, na reportagem da TV Brasil.
A mina foi descoberta perto da divisa entre Moçambique e Zimbábue, a mais de mil quilômetros de Maputo.
Como essa, há outras várias, por todo continente.
Esse cenário de buracos me fez lembrar o filme Diamantes de Sangue!
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O filme foi baseado justamente nesta guerra civil.
Parte dele foi rodado aqui em Maputo, aliás.
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