Busínes são busínes. Chê!

29/11/2010
Apex acerta parceria para que brasileiros forneçam produtos e serviços ao governo de Angola

Eduardo Castro
Correspondente da EBC na África

Maputo (Moçambique) – O Brasil vai fechar um acordo de cooperação com a Central de Compras de Angola para ampliar a participação de empresários brasileiros no processo de reconstrução do país africano. “É um parceiro de peso para ajudar a pequena e média empresa brasileira a entrar nesse mercado”, disse Ricardo Schaefer, diretor de Gestão e Planejamento da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). O governo angolano usa a Central de Compras para negociar preços e contratar fornecedores nas áreas de logística e abastecimento de órgãos governamentais, inclusive o Exército. Nos próximos dias, a central anunciará a verba disponível para o ano que vem.

Segundo Schaefer, é uma oportunidade para o pequeno e o médio empresários brasileiros explorar novas oportunidades. “Angola ainda está reconstruindo suas estruturas, totalmente destruídas pela guerra civil”, que terminou em 2002, lembrou ele. Desde então, o país, o segundo mais rico da África em petróleo, tem sido muito procurado por investidores.

Antes de estourar a crise financeira internacional, o volume de negócios com Angola passou de US$ 520 milhões para US$ 1,5 bilhão, colocando o país entre os maiores parceiros comerciais do Brasil. Em julho passado, 40 empresas nacionais expuseram produtos e serviços na Feira Internacional de Luanda.

Ricardo Schaefer está em Luanda para o lançamento do primeiro centro de negócios da Apex-Brasil na África. A agência já tem estruturas funcionando em Pequim (China), Dubai (Emirados Árabes), Miami (Estados Unidos), Havana (Cuba), Varsóvia (Polônia), Moscou (Rússia) e Bruxelas (Bélgica).

O centro angolano pretende dar suporte às empresas brasileiras identificando oportunidades de negócios para expandir o comércio entre Brasil e África. Segundo dados da Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o fluxo de comércio no ano passado foi de US$ 17,2 bilhões (US$ 8,7 bilhões em exportações e US$ 8,5 bilhões em importações).

Em 2009, duas missões comerciais brasileiras estiveram na África. Empresários e representantes do governo visitaram Líbia, Argélia, Tunísia, Gana, Nigéria, Guiné Equatorial, Burquina Faso, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Mauritânia, Marrocos, Senegal, Benin, Cabo Verde, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo. Em dezembro, outro grupo visitará Angola, Moçambique e África do Sul. Mais de duzentas empresas participaram das “caravanas”, representando setores variados como agronegócio, energia, alimentos e bebidas, casa e construção, mineração, tecnologia da informação, máquinas e equipamentos, automotivo, logística, têxteis e calçados, varejo, cosméticos e defesa.

A Apex-Brasil aposta em crescimento rápido dos negócios com os países africanos. “Nossa expectativa é voltar rapidamente aos patamares de antes da crise [financeira internacional]. Em 2008, foram quase U$ 2 bilhões só em Angola”, informou Ricardo Schaefer. “Acho que é possível repetir esse número em 2011”.

Edição: Vinicius Doria

2 comentários em “Busínes são busínes. Chê!

  1. Apesar de o tema ser árido é sempre bom saber um pouco desses negócios e parcerias entre Brasil e os países africanos. Ótima a matéria… Que bons ventos soprem e que as negociações sejam auspiciosas para todos (lembrei desse termo usado em uma novela da Glória Perez rsss). Imponente esta imagem do Banco de Angola heiin? Linda arquitetura! Abs

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