Imagine uma daquelas velhas Kombis que, ao invés de passageiro, levava carga ao ar livre, sem cobertura na carroceria. Imaginou?
Pois na carroceria, onde ficava a carga ao ar livre, cercado por umas ripinhas coloridas, coloque cadeiras de plástico – daquelas de boteco, com nome de cerveja e tudo. Colocou?
Agora encha a carroceria de gente: homem, mulher, criança, velho, mais velho, mais criança, mais velho, mais criança, mais criança, pastor evangélico pregando, caixa disso, caixa daquilo, galinha viva, sacola de compras. Encheu?
Agora dobre a quantidade de gente, sacola, caixa, pastor, galinha, e jogue um bode por cima de tudo. Jogou?
Ponha na pista e faça parar em cada ponto. Pronto e acabado, é o retrato de alguns carros de transporte que vi nos últimos dias.
Os chapas (as vans – tecnicamente chamados de “semicoletivos”), que já não são uma maravilha, somem das ruas para fazer transporte de passageiros interurbano durantes as festas. Esse tipo de carro faz as vezes.
Ou é isso, ou é a pé. Ônibus (os “machimbombos”) são poucos.
Vou lembrar dessa turma da próxima vez que der vontade de reclamar por ter de esperar no aeroporto.