Embarque imediato: carroceira 4. Boa viagem


Imagine uma daquelas velhas Kombis que, ao invés de passageiro, levava carga ao ar livre, sem cobertura na carroceria. Imaginou?

Pois na carroceria, onde ficava a carga ao ar livre, cercado por umas ripinhas coloridas, coloque cadeiras de plástico – daquelas de boteco, com nome de cerveja e tudo. Colocou?

Agora encha a carroceria de gente: homem, mulher, criança, velho, mais velho, mais criança, mais velho, mais criança, mais criança, pastor evangélico pregando, caixa disso, caixa daquilo, galinha viva, sacola de compras. Encheu?

Agora dobre a quantidade de gente, sacola, caixa, pastor, galinha, e jogue um bode por cima de tudo. Jogou?

Ponha na pista e faça parar em cada ponto. Pronto e acabado, é o retrato de alguns carros de transporte que vi nos últimos dias.

Os chapas (as vans – tecnicamente chamados de “semicoletivos”), que já não são uma maravilha, somem das ruas para fazer transporte de passageiros interurbano durantes as festas. Esse tipo de carro faz as vezes.

Ou é isso, ou é a pé. Ônibus (os “machimbombos”) são poucos.

Vou lembrar dessa turma da próxima vez que der vontade de reclamar por ter de esperar no aeroporto.

Maputo sem transporte na TV Brasil

Reportagem exibida no Repórter Brasil da segunda-feira.

A calma estava voltando. Mas a pé…

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