
Lucrécia Paco é um símbolo de Moçambique. Atriz, interpreta em ronga, português, inglês, francês e alemão. Já esteve na Europa toda, África toda, América toda, representando personagens e todo um país.
Hoje foi a entrevistada do programa do Gabriel Junior, o “Moçambique em Concerto” (já falei deles aqui).
Durante a conversa, relatou pra Moçambique todo que sentiu racismo na pele uma única vez. E…oh!… foi no Brasil. Não disse onde exatamente, mas contou que foi numa casa de câmbio, enquanto participava de um festival de teatro no Instituto Itaú Cultural, que fica na Avenida Paulista, dando a entender que (oh! de novo) foi em São Paulo.
Segundo Lucrécia, uma senhora protegeu a bolsa ao vê-la na fila, e disse que ali “não era lugar pra ela estar”. Não houve queixa formal. Discreta (sempre, aliás), não quis escândalo.
Lucrécia, querida. Antes de tudo, as desculpas sinceras e envergonhadas dos brasileiros que não pensam assim e não são assim. Depois, seria bom que você tivesse feito queixa. Porque há brasileiro que acha, defende e bate o pé – até escreve livro – afirmando que no Brasil não há racismo. Gente mal informada que precisa conhecer a realidade que – oh! – não está nas novelas de maior audiência, mas nos shoppings centers de nossa maior e mais diversa cidade.
Novelas que, por sinal, são vistas – muito vistas – aqui também.
Aqui, link prum texto da revista Época que relata o caso.
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