Seus problemas a-ca-ba-ram

Como o Casseta, aliás.

Vai linha por linha, frente e verso, com pontuação original.

Juro que a única mudança que pensei em fazer (não fiz) foi colocar uma letra G no nome do doutor.

Mantive até o endereço dele lá embaixo, para eventuais interessados.

Quem levou a sério e gastou 100 paus naquele troço da pulseira lá, Power Balance (a Sabona do século XXI), pode querer ligar pra ele – sei lá.

É mais barato, garanto.

Recebi o papelucho parado no sinal. Acho que minha cara não estava boa.

PROF. K.ADAM AGORA EM MOÇAMBIQUE.

Ele é o curandeiro poderoso da cultura africana, espíritos vindos da montanha e chefe de todos ervanário curandeiros em África.

O metafísico mundial tem influenciado no nosso ser. Por isso Prof. K. Adam usa espíritos dos ancestrais para encontrar soluções para mudanças na sua vida. Ele tem viajado no mundo inteiro, resolvendo problemas antes de lhe teres revelado algo, usando o método ancestral através da água e do espelho.

Ele foi testado na rádio e provado que possui a maior parte dos espíritos mais poderosos em África e é considerado por muitos, por ser o melhor curandeiro no planeta hoje, com 29 anos de experiência na remoção de feitiçaria, proteção permantente de magia negra e má encantamento, remoção de má sorte.

Tens vindo trabalhando por muitos anos e ainda não tens nada?

VENHA DESCOBRIR OS PORQUÊS!

Problemas de relacionamento, (amor, charme) quer que o teu homem ou mulher te ame muito?

Quer casar-se rápido? Impedir seu amor de trair-lhe e ver a pessoa, (ele ou ela) com quem costuma trair-lhe no espelho, ou alguma coisa que tem abalado o seu casamento, para as lutas numa família.

Água de camaleão, para mulher conquistar um homem rico.

Quer ter bebês, problemas no negócio, atrair clientes com charme.

Ganhar casos no tribunal, pau ou bengala para ganhar jogos no cassino e outros jogos.

FAZER COM QUE OS LADRÕES PAREM DE ROUBAR

Problemas sexuais (pó de chifre de rinoceronte para ampliação do pênis ter força para fazer circulações e eliminar ejaculação precoce permanente).

Óleo para os seios vindo de Egipto para firmeza dos seios das mulheres no tratamento do seu gosto permanente.

Sumo masai para perder quilos naturalmente.

Problemas financeiros, magnete em atrair dinheiro, ganhar contrato e empréstimo venda rápida de propriedades.

Pau para vencer garantido aos políticos de ganhar todo o tempo.
Doenças e enfermidades tratamos normalmente com ervas africanas.

Sorte de concentração no emprego, passar exames, etc.

Dores no corpo, doenças de pele.

Proteção para carros, negócios, casa, inimigo e vários outros problemas relativos.

Ele tem ajudado milhões de pessoas do mundo inteiro a encontrar equilíbrio e felicidade em todas as áreas das suas vidas.

Aproveita a chance e vem conhecer ele para resolver os seus problemas antes dele partir.

Todos são bemvindos.

Viva uma vida nova e equilibrada. Todos os problemas resolvidos em 48 horas.

Avenida 24 de Julho, 3513, 2o andar, flat 4 – Maputo

Não é feitiçaria, nem tecnologia. Para a ciência, é histeria

Versão televisiva do fim do mistério na escola Quisse Mavota.

Histeria coletiva, nas palavras do ministro.

Que, aliás, virou ex-ministro um dia depois de dar esta entrevista aí.

Mas nada a ver uma coisa com a outra.

Assista clicando aqui para ver como foi no Repórter Brasil

A versão para a Agência Brasil você acessa por aqui.

PS: mudei o ícone para indicar que no post tem coisa pra assistir. Até este aqui, colocava só uma televisãozinha piscando. Por um tempo, também será a cara do Kent Brokman.

E voltamos a Quisse Mavota

Estive hoje, de novo, na escola. Minha primeira visita ao Zimpeto – onde ela fica – foi no final de maio. Clicando aqui e aqui você lembra como foi.

Fato é que a coisa é o que é. E não é o que não é. Só que o que é pra mim, pode não ser pra você.

É ou não é?

Texto publicado na Agência Brasil.

12/10/2010
Para curandeiros, desmaio de alunas é feitiçaria; para governo de Moçambique, histeria coletiva

Eduardo Castro
Correspondente da EBC para a África

Maputo (Moçambique) – O Ministério da Saúde de Moçambique concluiu o relatório a respeito da série de desmaios de alunas de uma escola secundária no bairro do Zimpeto, na capital do país, Maputo. “A conclusão dos pesquisadores da saúde é que se tratou de um caso de histeria coletiva, como tantos que já houve em outras partes, e até mesmo aqui em Moçambique”, afirmou o ministro Ivo Garrido, em um de seus últimos atos à frente da pasta, antes de ser substituído junto com outros membros do primeiro escalão do governo.

Entre maio e junho deste ano, 71 alunas da Escola Quisse Mavota perderam os sentidos durante as aulas. Em um único dia, foram 25 casos. As primeiras hipóteses levantadas pela direção do colégio foram anemia ou desnutrição. Mas, desde o início, o Ministério da Saúde sustentava ser algo psicológico. A diretora da Seção de Saúde Mental, a psiquiatra Lídia Gouveia chamou, na época, de “causas emocionais”. “O quadro de medo e de ansiedade é muito marcante. O que elas têm, realmente, são manifestações de pânico”. Segundo a médica, em vários casos não houve sequer desmaio, mas apenas a perda momentânea dos sentidos.

Mas os moradores do bairro do Zimpeto têm outra explicação para o caso, mesmo depois da conclusão do Ministério da Saúde. “Penso que não é histeria nem emoção”, disse Otília Luis, mãe de uma aluna da Quisse Mavota. “Estou aqui neste bairro desde 1975 e antes tinha um cemitério onde hoje é a escola”, indicando que o problema poderia ter origem metafísica.

“Histeria coletiva, acho que não é”, disse Pedro Joaquim, aluno da escola. “Na minha opinião é algo ligado ao tradicional.”

“É difícil saber de onde vem essas coisas, mas, para mim, alguém que foi enterrado aqui quer se comunicar com o nosso mundo”, disse Maria Timane, que mora perto da escola. “A escola sempre vai ter problemas, porque é algo sobrenatural”, explicou em idioma xangana.

Na época dos desmaios, a comunidade exigiu que as autoridades fizessem uma cerimônia para “acalmar os espíritos do lugar”. A cerimônia, conhecida como mhamba ocorreu no dia 29 de maio. O Poder Público local comprou cabritos e bois para a celebração. Depois, houve uma festa com a vizinhança. Um curandeiro foi chamado para mediar os trabalhos, fato muito comum em Moçambique. O país tem mais de 30 mil médicos tradicionais no país – também chamados de curandeiros ou feiticeiros. Nas áreas mais afastadas, os curandeiros são a primeira resposta – quando não a única – para os problemas de saúde da população.

A força dos médicos tradicionais é tão grande na sociedade moçambicana que, no ano passado, o próprio Ministério da Saúde criou o Instituto de Medicina Tradicional para catalogar os curandeiros e os remédios usados por eles. Mesmo assim, para o porta-voz da Associação dos Médicos Tradicionais de Moçambique (Ametramo), Fernando Mathe, o relatório do Ministério da Saúde é válido, mas incompleto. “Reconhecemos o trabalho deles, mas eles não reconhecem o nosso”, afirmou. “Nós mandamos doentes para o hospital. Falta eles mandarem doentes deles para nós”.

Mathe concedeu a entrevista à Agência Brasil justamente no jardim do Hospital Central de Maputo, enquanto aguardava a mulher, que faz tratamento de um tumor. “Curandeiro trata as doenças do espírito”, disse ele. “O que é de hospital é de hospital”. Para o curandeiro, era preciso levar em conta que, depois do mhamba, os desmaios pararam na Quisse Mavota, fato confirmado pela comunidade.

O ministro Ivo Garrido foi substituído nesta terça-feira (12), juntos com os titulares de outras três pastas. No lugar de Garrido entrou Alexandre Manguele. No Ministério da Indústria e Comércio, Antônio Fernando saiu para a chegada de Armando Inronga, presidente da Associação Moçambicana de Economistas. Na Agricultura, Soares Nhaca deixou o cargo para José Pacheco, vindo da pasta do Interior. Para o lugar dele, foi empossado o então reitor da Academia de Ciências Policiais, Alberto Mondlane. Foi a primeira mudança ministerial em Moçambique depois dos protestos do início de setembro, contra o aumento do custo de vida, que deixaram 13 mortos.