Greve em Maputo: mortos são 13

Como publicado na Agência Brasil.

06/09/2010
Sobe para 13 número de mortos em protestos em Moçambique

Eduardo Castro
Correspondente da EBC para a África

Maputo (Moçambique) – Subiu para 13 o número oficial de mortos durante os protestos contra o aumento do custo de vida em Moçambique. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (6) pelo Ministério da Saúde. As manifestações foram mais intensas entre os dias 1º e 2 de setembro.

A última morte aconteceu de madrugada. A vítima estava internada no Hospital Central de Maputo. Não foram dados mais detalhes sobre a pessoa que morreu.

As aulas foram retomadas nas escolas públicas de Maputo e Matola. Mas nem todos professores conseguiram chegar, porque em vários pontos da periferia ainda há falta de transporte público. Muitos motoristas de vans, chamadas de chapas 100, preferiram não circular diante de inúmeros boatos de que os protestos iriam recomeçar, o que não se confirmou.

As vans atendem à maioria da população porque o número de ônibus (maximbombos) é pequeno. Somente 105 ônibus circularam nesta segunda-feira para atender a uma população de quase 2 milhões de habitantes na região.

Um grupo de jovens foi detido em Tete, Norte do país, enquanto corria pelo comércio do centro da cidade anunciando protestos para hoje. Segundo a polícia, nada aconteceu.

Edição: João Carlos Rodrigues

Greve em Maputo – 2a feira

Aparentemente – e por enquanto – Maputo amanheceu calma.

Há quem reclame de falta de chapas (as vans). Mas é possível circular e cumprir horários.

Circulam – também – boatos de que novas manifestações podem acontecer ainda hoje. Mas não circulam SMSs falando disso.

Uma diferença e tanto.

E a polícia está na rua desde 5a feira.

Muitos já fizeram as contas do que deixaram de ganhar nos três dias de paralisação na semana passada. E lembraram que amanhã é feriado – Dia dos Acordos de Lusaka, o entendimento que pôs fim à guerra colonial. Ou seja: para quem depende da féria diária, será mais um sem ela.

Vamos acompanhar.

(((atualização – começo da tarde)))

O cenário está mantido: comércio normal, calma e polícia na rua. Chapas circulam, mas nem todos. O segurança daqui do prédio, por exemplo, veio de trem (comboio) porque na Machava não havia outro transporte. Gastou MT 15, (R$ 0,75) contra os MT 7,5 habituais.

Como ele, muitos.