Reportagem exibida no Repórter Brasil da segunda-feira.
A calma estava voltando. Mas a pé…
Veja clicando aqui.
Reportagem exibida no Repórter Brasil da segunda-feira.
A calma estava voltando. Mas a pé…
Veja clicando aqui.
Alguns já circulam. Bem menos que o habitual, é verdade. Mas começam a voltar
“Chapas 100” são as vans de Maputo. Único jeito de chegar ao trabalho para imensa maioria.
Recebem o interessantísimo nome oficial de “semi-coletivos”.
Acabo de saber que a FRELIMO, partido do governo, organiza uma marcha para hoje. Também vai promover a limpeza das ruas.
Vamos acompanhar.
Detalhes mais tarde – aqui, na Rádio Nacional, TV Brasil, e Agência Brasil.
Esse papo de “legado” da Copa do Mundo é discutível. Claro que sai algo – uma estrada, duas, um aeroporto, até um estádio (que depois, a história mostra, será abandonado). Nada que não pudesse ser feito sem Copa do Mundo.
Já mostrei aqui que Copa é um negócio privado, beneficiando prioritariamente – mas muito prioritariamente – os envolvidos (veja de novo ). Aqui na África do Sul, os empregos gerados foram comidos pela crise, e os que ainda ficaram devem parar logo que a festa acabar.
E veja aqui a reportagem que o Herbert Henning fez no Repórter Brasil sobre os problemas do transporte aqui em Joanesburgo. Também veja as fotos do Marcello Casal, do comércio nos shoppings e nas ruas.
O ganho para o país-sede, pra mim, é o intangível: o impulso na auto-estima do povo (principalmente), a sensação que “sim, sou capaz”. As pessoas limpam a rua, renovam hábitos de urbanidade, reformam a casa. Cantam o hino nacional com orgulho, se emocionam com seu país.
No Brasil, por exemplo, será maravilhoso. Porque estamos acostumados a ouvir dos 5% que viajam pra Disneworld e acham que conhecem o mundo bobagens do tipo “isso só acontece no Brasil” pra qualquer problema que apareça. Falam mal do país no exterior, apresentando o Brasil como se fosse o inventor da corrupção, exclusivo proprietário da malandragem, como se nossas grandes cidades fossem filiais do inferno.
Não são. Tem muito lugar muito pior. E pouco lugar muito melhor.
E o irônico é que, geralmente, quem fala essas coisas do Brasil é parte ativa daquela camadinha que vive maravilhosamente, a custa da pobreza da maioria.
Graças a isso, nossa imagem no exterior historicamente é Futebol-Samba-Carnaval-Puta. Culpa dos brasileiros.
Isso começou a mudar nos últimos 10 anos. Começamos a ver que o país não é mais o que era – nem nunca foi a porciaria que sempre disseram que era. Os estrangeiros já percebem o Brasil com mais respeito. Mas falta muito.
Que a Copa e a Olimpíada consolidem isso de vez.