FIFA, COI, governos… não faltou aviso

Leio – oh! – que a FIFA e o Comitê Olímpico querem aprovar uma lei que os coloca – oh! – acima da lei de licitações.

Escrevi sobre isso no ano passado, durante a Copa. A TV Brasil fez matéria.

Relembre aí embaixo.

Copa e Olimpíada não são a maravilha que apregoam os realizadores, nem precisa ser a roubalheira que dizem os críticos.

É algo de relativo impacto na economia. E imenso impacto na auto-estima do povo. Sendo bem regido, traz ótimos resultados para todos. Sendo mal conduzido, traz lucros para alguns.

Esses últimos, aliás, não perdem nunca.

da internet

Ao assinar o contrato que define um país como sede de Copa, a FIFA exige que ele faça de tudo para proteger seus direitos e de seus parceiros.

Aqui na África do Sul várias leis foram mudadas pra satisfazer a entidade, como mostrado aqui, no Repórter Brasil.

A reportagem também fala da imensa polêmica em torno do vestidinho laranja das modelos/ cervejaria holandesa.

Seria bom que os sempre solertes legisladores brasileiros – e quem quer ser no futuro próximo também – atentassem para isso. Receber o evento, ótimo. Mas sem jogar a soberania no lixo.

Mesmo que seja “só” por um mês de 2014.

Complementando: num momento de lucidez, a Fifa resolveu não levar a ação criminal à frente. Deu pra contar minutos depois do anúncio, no Repórter Brasil manhã. Veja aqui.

Nada de internet ainda

Sem conexão – desde sábado passado.

Lembra que eles tinham dado 72 horas? Pois é. Não foi.

A promessa, agora, é segunda-feira. Vamos ver.

Havendo como, volto a escrever com a frequência de sempre.

Aqui e por aí.

O pouco acesso que tive usei para enviar duas reportagens para a TV Brasil.

Uma sobre a chegada das manifestações à Líbia (tá aqui, ó).

E outra que foi ao ar no Repórter Brasil de sábado, sobre as enchentes em Moçambique. Clique aqui para assistir.

Vamos ver se amanhã retomamos a rotina.

Líbia também?

E então? O dominó segue ou não segue.

Eu não me arrisco. Os especialistas que opinem.

Clicando aqui, você assiste à reportagem da TV Brasil.

17/02/2011
Protestos na Líbia têm forte componente político, diz acadêmico africano

Eduardo Castro
Correspondente da EBC na África

Maputo (Moçambique) – Relatos passados pelas redes sociais na internet informam que pelos menos 14 pessoas foram presas hoje (17) durante manifestações contra o governo da Líbia em Benghazi, a segunda cidade mais populosa do país africano. Os protestos do chamado Dia da Ira foram convocados depois dos conflitos de ontem entre manifestantes oposicionistas e as forças de segurança do governo de Muammar Kadhafi, no poder há 42 anos.

De acordo com a página oposicionista Libya Al-Youm, pelo menos quatro pessoas morreram na quarta-feira (16), na cidade de Baida. Segundo a Agência Lusa, de Portugal, o número de mortos nas quatro principais cidades líbias, incluindo a capital Trípoli, chega a 14.

Para defender o governo, centenas de apoiadores do presidente Muammar Kadhafi saíram às ruas de Tripoli, em uma contraposição às manifestações de Benghazi.

Para o doutor em conflitos africanos Ali Jamal, do Instituto Superior de Relações Internacionais de Moçambique, o cenário dos protestos é o mesmo: Norte da África, países árabes majoritariamente muçulmanos, grandes massas populares empobrecidas e governos autoritários instalados há décadas. “Nesses países há o multipartidarismo de disfarce que, de fato, é um regime de monopartidarismo brutal. Sabemos que as pessoas não têm liberdade de se manifestar.”

Entretanto, segundo Jamal, Tunísia, Egito e Líbia vivem situações diferentes. “Na Tunísia, o grande motivador foi econômico. No Egito, como o governo cedeu, os egípcios sentiram-se fortes para pedir a queda do presidente [Hosni] Mubarak, já com um forte componente político no protesto”.

“Na Líbia, a questão é mais política”, disse o professor. “Muitos dos serviços públicos e benefícios sociais são subsidiados. É um país com uma economia mais estável e muito mais riqueza que alguns vizinhos”. De acordo com o acadêmico, é difícil prever até onde vai a força dos protestos. “O carisma de Muammar Kadhafi é muito grande, apesar de tanto tempo [no poder] e da falta de liberdade política”.

Edição: Vinicius Doria

Poder, exílio ou mausoléu.

Reportagem exibida no Reporter Brasil, sobre o que chamei de A Difícil Hora de Dizer Adeus, no post anterior.

Clique aqui para assistir.

Amanhã, sexta-feira, encerro minha cobertura (ao menos por enquanto) dos eventos no Egito.
Embarco para o Senegal, onde vou acompanhar o Fórum Social Mundial.

Por causa da viagem, meu passaporte ficou a semana passada e parte desta na embaixada do Senegal em Pretória, África do Sul, para receber o visto. Não fosse isso, teria embarcado para o Cairo, provavelmente.

E seria eu – e não os meus colegas Corban Costa e Gilvan Alves Rocha- quem teria passado pela exasperante situação que eles passaram, sendo tratados como criminosos por tentar ingressar no Egito para apenas fazer reportagens e contar a verdade.

Criminosa é a ditadura – a de Mubarak e qualquer outra.

Corban e Gilvan já estão bem, a caminho do Brasil, onde há liberdade de expressão – ao contrário do que querem crer alguns coleguinhas que precisam conhecer melhor o mundo.

Tenho lido muita bobagem na imprensa brasileira. De certa forma, prova de que se publica o que se bem quer. Muitas vezes, que mal se entende.

Um abraço ao Corban e ao Gil, parceiros de outras tantas.

Mubarak na TV Brasil

Assista às reportagens do Repórter Brasil sobre o assunto.

Muito embora tenha ido ao ar – eu vi o jornal na TV Brasil Internacional daqui da África – não estão na página o resumo do discurso do presidente Mubarak, dizendo que não vai concorrer de novo em setembro, bem como uma entrevista sobre o assunto, e um perfil detalhado dos prováveis candidatos a presidente.

A primeira é minha, sobre o dia no Egito, que você vê clicando aqui.

Aqui, o embaixador brasileiro faz comentários de lá.

Depois, aqui, as relações comerciais Brasil-Egito.

Seguindo, aqui você vê a troca de governo na Jordânia.

Pra fechar, aqui, um Outro Olhar, brasileiro – do Carlos Latuff, sobre a crise.